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Obrigações Acessórias em Matéria Tributária

Entenda e Evite Riscos Fiscais

Introdução

A complexidade do sistema tributário brasileiro é uma das maiores do mundo, e dentro desse universo repleto de normas, prazos e declarações, surgem as chamadas obrigações acessórias. Ainda que não envolvam diretamente o pagamento de tributos, elas têm papel fundamental na fiscalização e no controle da arrecadação por parte do Fisco. O descumprimento dessas obrigações pode acarretar multas pesadas, bloqueios e complicações jurídicas graves para as empresas.

Neste artigo, vamos abordar em profundidade o que são as obrigações acessórias, quais são as principais exigências para empresas, as consequências do seu descumprimento, além de mostrar por que contar com o apoio de um advogado tributarista é essencial para evitar riscos e garantir segurança jurídica.

O que são Obrigações Acessórias?

As obrigações acessórias são deveres legais impostos aos contribuintes que não envolvem diretamente o pagamento de tributos, mas sim a prestação de informações ao Fisco sobre suas atividades econômicas, fiscais e contábeis.

Em outras palavras, elas são os “relatórios” e “comunicações” que as empresas devem enviar periodicamente aos órgãos de fiscalização (como Receita Federal, Secretarias Estaduais de Fazenda, Municípios, entre outros), para que estes possam acompanhar e conferir se os tributos estão sendo pagos corretamente.

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Diferença entre Obrigações Principais e Acessórias

Antes de avançar, é importante entender a distinção entre os dois tipos de obrigação tributária:

  • Obrigação principal: refere-se ao pagamento de tributos e multas.
  • Obrigação acessória: refere-se à prestação de informações exigidas pela legislação tributária.

Ambas são independentes entre si. Ou seja, mesmo que uma empresa não tenha imposto a pagar, ela pode ser penalizada se deixar de entregar uma obrigação acessória.

Principais Obrigações Acessórias no Brasil

A depender do regime tributário e da atividade exercida, a empresa pode estar sujeita a uma série de obrigações. Veja as principais:

  1. DCTF – Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais

Obrigatória para empresas optantes pelo Lucro Real e Lucro Presumido, é usada para declarar os tributos apurados e recolhidos (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, etc.).

  1. SPED – Sistema Público de Escrituração Digital

Conjunto de obrigações que integram dados contábeis e fiscais da empresa:

  • ECD – Escrituração Contábil Digital
  • ECF – Escrituração Contábil Fiscal
  • EFD-Contribuições
  • EFD-ICMS/IPI
  1. DIRF – Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte

Utilizada para informar os valores pagos a terceiros com retenção de tributos.

  1. GFIP/SEFIP – Guia de Recolhimento do FGTS

Relacionada às obrigações previdenciárias e trabalhistas.

  1. eSocial

Sistema unificado de envio de informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais dos empregados.

  1. DEFIS – Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais

Obrigatória para empresas optantes pelo Simples Nacional.

  1. GIA – Guia de Informação e Apuração do ICMS

Obrigatória para empresas sujeitas ao ICMS, exigida por estados.

  1. Declarações Municipais

Como ISSQN, DAMSP, Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e), entre outras.

Penalidades pelo Descumprimento

A ausência ou entrega com erro de uma obrigação acessória pode gerar multas pesadas, mesmo que não haja qualquer tributo devido. Exemplos:

  • Multa de R$ 500,00 por mês por atraso na entrega da DCTF.
  • Multa de 0,5% a 5% sobre o valor da receita bruta por erro na ECF ou ECD.
  • Multas diárias por atraso no eSocial.

Além das penalidades pecuniárias, o descumprimento pode gerar bloqueios de CNPJ, impedimentos para emissão de certidões negativas, e dificuldades para obter crédito bancário.

Complexidade e Frequência

O maior problema enfrentado por empresários é o grande volume de declarações, a frequente alteração nas regras, e a necessidade de integração entre os setores contábil, jurídico e operacional da empresa.

Exemplo real: uma empresa do Lucro Real pode ter que cumprir mais de 30 obrigações acessórias por ano, sem contar as declarações específicas por atividade (ex: ANVISA, IBAMA, MAPA).

Por Que Contratar um Advogado Especialista em Direito Tributário?

Diante de tamanha complexidade, não basta apenas contar com um contador. Embora o profissional de contabilidade tenha um papel crucial, o advogado tributarista tem a função de:

  1. Interpretar normas jurídicas com profundidade

Muitas obrigações acessórias derivam de instruções normativas, leis e portarias de interpretação complexa, que podem gerar dúvidas sobre sua aplicabilidade.

  1. Evitar autuações indevidas

O advogado pode revisar procedimentos internos, cruzar dados das declarações e corrigir inconformidades antes da fiscalização.

  1. Elaborar defesas e recursos

No caso de autuações por falha nas obrigações acessórias, apenas o advogado está habilitado a defender a empresa judicialmente, além de elaborar impugnações administrativas.

  1. Auxiliar na estruturação de um compliance tributário

Implementar um programa de compliance fiscal e tributário ajuda a prevenir erros, fraudes internas e passivos ocultos que podem comprometer a saúde financeira do negócio.

  1. Reduzir riscos em operações empresariais

Aquisições, fusões e reestruturações podem ser comprometidas por obrigações acessórias não cumpridas. O advogado especialista identifica e mitiga esses riscos.

O Papel Estratégico do Direito Tributário Preventivo

A atuação preventiva de um advogado tributarista também pode gerar economia real para o negócio, pois evita gastos com multas, juros e correções, além de:

  • Evitar a responsabilização dos sócios, prevista no artigo 135 do CTN, em caso de omissão ou erro reiterado.
  • Blindar a empresa em fiscalizações, por meio de relatórios e pareceres jurídicos.
  • Aumentar a credibilidade perante investidores, bancos e parceiros estratégicos.

Casos em que o apoio jurídico fez a diferença

Diversas empresas que enfrentaram fiscalizações pesadas conseguiram reduzir ou extinguir multas graças à atuação de seus departamentos jurídicos. A revisão de obrigações acessórias e a argumentação baseada na legislação tributária vigente foram fundamentais para salvar empresas de colapsos financeiros.

Conclusão

Ignorar ou negligenciar as obrigações acessórias é um erro que pode custar caro a qualquer empresa, independentemente do seu porte. No atual cenário fiscal do Brasil, conhecimento técnico, organização e apoio jurídico qualificado são diferenciais que protegem o negócio e garantem sua continuidade.

 

Autor: Diego Guerreiro Lopes OAB/SP:416.326

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